ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL SEMPRE VIVA
Rua
Eugênio Nelson Ritzel, 860 - Rio Branco - Campo Bom/RS Fone: 51-3597 4414- E-mail:
sempreviva@campobom.rs.gov.br Blog: http://emeisempreviva.blogspot.
“Conteúdo estritamente para
atendimento às aulas remotas conforme plano de ação vigente para recuperação da
carga horária.”
DIA
21 DE SETEMBRO DE 2020
ATIVIDADE
REMOTA
QUERIDOS
AMIGOS DO NÍVEL 3 A E B!!!!
VAMOS CONHECER UM DOS SÍMBOLOS DO NOSSO ESTADO?
O Rio Grande do Sul
possui diversos elementos históricos que representam a sua cultura
local. Com base nisso, foram instituídos diversos símbolos que representam as
diversas vertentes culturais cultuadas por aqui. Todo povo deve conhecer os
seus símbolos oficiais a fim de não esquecer a essência de sua história. Assim,
como também todo povo deve cultuar a sua história. O símbolo da nossa atividade
é o cavalo, mas temos os outros oficiais que são: Brinco de princesa; Macela;
Erva mate, Quero-quero; Churrasco; Hino; Brasão; Bandeira e o Chimarrão. Os símbolos do Rio Grande do Sul foram
instituídos pela Lei 11.826/2002.
CAVALO CRIOULO:
O Cavalo Crioulo tem sua origem
em cavalos espanhóis,
trazidos pelos colonizadores no século XVI. Estabelecidos na América, principalmente na Argentina,
Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Brasil, muitos desses animais passaram a viver
livres, formando manadas selvagens que,
durante cerca de quatro séculos, enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação.
Graças a essas adversidades, o cavalo
Crioulo adquiriu as suas principais
características: rusticidade e resistência. Após um longo tempo, notando
a importância deste animal, a partir do século XX passaram a ser reconhecidos
mundialmente. Então, em 1932, foi
fundada a ABCCC, com a missão de preservar e difundir o cavalo
Crioulo no país.
OBJETIVOS: Conhecer e cultuar a cultura do nosso Estado; Incentivar o hábito da leitura;
Desenvolver habilidades com artes gráficas; Vivenciar a produção artística da ideia até a forma final;
Proporcionar situações que envolvam apreciação de objetos artísticos a fim de
despertar a sensibilidade artística nas crianças, assim como a criatividade, o senso estético e claro, o
conhecimento histórico.
FAMÍLIAS!!!!
Para essa semana convido todos vocês para lerem juntamente
com seu filho(a) a introdução da atividade, sendo ela sobre o cavalo, que é um
dos símbolos do nosso Estado, e após a história do Cavalo Galhardo. E para
finalizar, gostaria que fizessem com seus filhos um desenho do cavalo. Podem
usar uma folha de ofício, a forma e os critérios de como o farão, ficam por
conta de vocês, usem e abusem da criatividade e coletividade com seu filho(a).
O CAVALO VELHO
GALHARDO era um cavalo de tiro já
velho. Pertencia a um chacareiro, e havia trabalhado muitos anos a seu serviço.
O chacareiro, porém, estava disposto
a vender sua propriedade e o comprador não precisava de Galhardo.
— Um cavalo velho como esse não
serve para nada. Procure o senhor desfazer-se dele do modo que puder.
— Não sei o que hei de fazer com
ele — observou o chacareiro. — Não posso levá-lo comigo porque a casa onde vou
morar tem um jardim muito pequeno onde há lugar apenas para um cão. Também não
posso vender Galhardo; já não está em condições de trabalhar e ninguém o compraria.
Quer o senhor ficar com ele algum tempo na chácara, até que eu encontre alguém
que se encarregue de levá-lo?
— Certamente — respondeu o novo chacareiro,
o qual chamava-se Jaime. — Mas o senhor não o deixe ficar aqui muito tempo.
No dia em que o chacareiro foi
despedir-se de Galhardo, sentiu uma grande tristeza.
Queria muito bem ao velho cavalo e
este lhe correspondia da mesma maneira. O nobre animal pôs a cabeça por cima da
porteira e deixou que seu amo lhe acariciasse o focinho.
Assim que o chacareiro foi-se embora,
Galhardo estendeu-se num cantinho cheio de sombra e pensou em sua longa vida.
Recordou-se das inúmeras vezes em que
havia puxado o arado ou a carreta carregada de feno.
Lembrou-se também de todas as
colheitas e dos muitos verões passados, em que a filhinha do chacreiro o havia
levado ao trigal, montada em sua garupa. E o cavalo ficou muito triste.
— Agora já estou inutilizado e
ninguém mais me quer — pensou. — Desapareceram todos os meus amigos e na
chácara habitam pessoas desconhecidas. Logo não permitirão nem mesmo que eu
permaneça neste campo, que eu tanto amo.
Já agora, ninguém mais ia dar os bons
dias a Galhardo e ninguém lhe oferecia uma maçã.
O pobre animal observava os demais
cavalos que trabalhavam e desejava ser capaz de poder imitá-los.
Uma noite aconteceu uma coisa muito
singular na chácara.
Em uma de suas extremidades afastadas,
havia um palheiro e enquanto Galhardo se achava estendido pacificamente num
canto, pensando em muitas coisas, viu que as chamas começavam a lamber um dos
lados do palheiro e pode sentir o cheiro de queimado.
Galhardo já havia presenciado outras
vezes o incêndio de um palheiro e sabia que o chacareiro, sentia sempre um
grande desgosto pelo prejuízos que aquele acidente lhe ocasionava.
Imediatamente levantou-se e, a
galope, aproximou-se do palheiro para ver se, efetivamente, estava ou não
queimando.
Sem dúvida alguma, se havia
incendiado. Um de seus lados, estava coberto de chamas amarelas.
Galhardo pode observar que o novo
chacreiro havia colocado o palheiro muito perto do celeiro, e compreendeu que,
se começasse a soprar o vento, as chamas destruiriam também o grão armazenado.
— É bom que ele perca a palha e
também o grão — pensou o cavalo velho. Ele nunca me dirigiu uma palavra
carinhosa e, apesar de que, nunca o prejudiquei em nada, não quer que eu
permaneça em seu campo.
Embora este raciocínio, Galhardo não
podia presenciar impávido a maneira pela qual se ia queimando a palha, e logo,
envergonhou-se de haver desejado o mal para o novo chacareiro. De que modo
poderia ele avisá-lo?
Dirigiu-se a uma das portas, mas
estava muito bem fechada. Sua altura, de outro lado, lhe impedia galgá-la de um
salto.
Então, o cavalo, dirigiu-se à outra
porta e observou que a mesma se achava fechada com uma pequena tranca, passada
através de um buraco do batente.
Quando era novo, Galhardo aprendera a
tirar aquela pequena barra de ferro, e o fazia com tanta facilidade, que o
chacareiro acabou por amarrá-la com uma corda, persuadido de que era esse o
único modo de impedir que ele fugisse.
Nesse momento, recordou sua antiga
habilidade; entretanto, antes de experimentar fazê–lo, examinou a porta afim de
verificar se também o novo chacreiro a havia amarrado.
Como porém o senhor Jaime não
suspeitava sequer, que um cavalo pudesse abrir a porta empurrando-a com o
focinho, limitou-se em fechá-la com a tranca.
O cavalo empurrou-a para levantá-la e
logo conseguiu tirá-la de seu lugar.
Tomou-a com os dentes e atirou-a para
trás e ao fazer isto, abriu a porta.
Muito excitado, pôs-se a correr em
direção à casa, a fim de despertar os que nela moravam.
Chegou ao pátio e encaminhou-se para
a porta principal. E então, erguendo a cabeça relinchou com força.
Ninguém chegou à janela, porque todos
estavam profundamente adormecidos.
O cavalo deu coices sobre os
pedregulhos e tornou a rinchar. Depois golpeou a porta com a cabeça.
Despertou o senhor Jaime, perguntando
a si próprio o que poderia significar aquilo.
Foi até à janela e, à luz da lua, viu
o velho Galhardo que escouceava e empurrava a porta com a cabeça. Ao mesmo
tempo avistou o incêndio do palheiro.
— Acorda, mulher! Acorda! — exclamou.
— Incendiou-se o depósito da palha e o cavalo veio avisar-nos. Depressa!
Telefona aos bombeiros enquanto eu vou despertar os nossos empregados!
Vestiu-se depressa e, correndo,
desceu para avisar os trabalhadores.
Sua esposa dirigiu-se ao telefone e
chamou os bombeiros para que viessem quanto antes.
Quatro minutos depois, o Corpo de
Bombeiros dirigiu-se a galope para a chácara.
Os trabalhadores haviam começado a
atirar água sobre o palheiro.
O Senhor Jaime estava persuadido de
que o fogo iria comunicar-se ao celeiro, e só essa ideia o aterrorizava.
Naquele momento, quando o perigo
parecia iminente, apareceu o carro de bombeiros.
Estes aparelharam imediatamente a
mangueira e começaram a lançar água contra o fogo. Dez minutos depois o
incêndio achava-se extinto.
O palheiro havia ficado quase destruído,
mas, em compensação, o celeiro nada sofrera.
— E como percebeu o senhor o
incêndio? — perguntou um dos trabalhadores ao chacreiro.
— Pois foi esse velho cavalo que eu
consenti que ficasse no campo por alguns dias, que abriu a porta e veio
avisar-me. Ouviste alguma vez contar alguma coisa semelhante? E pensar que eu
andava aborrecido porque o meu antecessor não havia querido levá-lo!
O pobrezinho evitou que eu sofresse a
perda de uma grande quantia.
Por conseguinte, eu o deixarei viver
em meu campo até o fim de sua vida. Não o mandarei embora nunca.
Galhardo achava-se contentíssimo.
Voltou ao lugar em que costumava dormir e deu um suspiro de alívio.
Aquela noite foi emocionante, mas
ainda mais o havia de ser o dia seguinte.
Todo o mundo havia sido informado do
ato do valoroso cavalo e numerosas pessoas haviam ido visitá-lo.
Deram-lhe torrões de açúcar,
cenouras, maçãs e tanto milho, que nem pode comer tudo. Recebeu muitas carícias
e naquele dia sentiu-se muito feliz.
Até hoje continua ele no mesmo campo.
O senhor Jaime vai visitá-lo duas vezes por dia e todas as tardes seu filho
monta sobre seu lombo e dá-lhe um torrão de açúcar.
— Não mereço tanta felicidade — pensa
às vezes Galhardo.
Somos porém de opinião de que se engana,
não é assim, meus meninos?
Tradução e Adaptação de Leôncio de Sá
Ferreira, 1949.
As atividades estarão
disponíveis blog e facebook da escola. E deverão ser registradas com fotos
desses momentos de interação das crianças com as atividades propostas e podem ser
encaminhadas para o telefone de contato da turma ou podem enviar para o email
da escola: sempreviva@campobom.rs.gov.br. Um grande abraço, professoras,
Alice, Vanessa e Mara.
Até breve!!!!!!!
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